Boa parte das lições não envolve conteúdos curriculares, mas a difícil arte da convivência. O espaço privilegiado para a tarefa são as assembleias, que ocorrem duas vezes por semana e têm dois momentos distintos. O primeiro é a exposição de conflitos: queixas de sujeira, reclamações sobre salas desarrumadas e, ocasionalmente, episódios de bullying (punidos com um conjunto de medidas, que inclui ficar no fim de todas as filas e não poder usar TV e computador). O segundo é a criação (ou revogação) de regras que ordenam a escola. Elas são mais de 150 e tratam, como todas as leis, sobre os limites da liberdade – o que em Summerhill significa o direito de fazer o que quiser, contanto que se preserve o espaço do outro.
Como sintetiza Neill, numa frase com que a filha Zoe encerra todos os seus e-mails: “Preferiria que Summerhill produzisse um varredor de rua feliz do que um primeiro-ministro neurótico”. Uma definição de sucesso escolar para a qual o mundo talvez precise de mais 90 anos para entender.
In “Conheça Summerhill, a escola em que o aluno pode (quase) tudo”
Etiquetas: escola liberdade, summerhill school
Deixe uma Resposta