Posts Tagged ‘escola lumiar’

A escola democrática ensina os alunos a fazer escolhas

28 Junho, 2011

Numa quarta-feira de Fevereiro, uma polémica mobilizou alunos, professores e funcionários da Escola Lumiar, no centro de São Paulo: os alunos podem ou não chupar balas durante as aulas? A questão foi levada à Roda – uma assembleia semanal que trata de assuntos relevantes para a comunidade escolar. Todos puderam opinar e o assunto foi votado (41 contra a bala; cinco a favor). “Formas diferentes de organizar a vida na escola podem nos levar a formas diferentes – e melhores – de organizar a vida em sociedade no futuro”, acredita o educador Eduardo Chaves, presidente do Instituto Lumiar, mantenedor da instituição, idealizada pelo empresário Ricardo Semler. Experiências democráticas no ambiente escolar ainda são raras, mas começam a ganhar espaço. “Quando escolhe o que é melhor para a escola, o aluno enfrenta um problema real do quotidiano e busca soluções”, afirma Simone André, coordenadora da área de juventude do Instituto Ayrton Senna. “Saber escolher é uma macrocompetência fundamental para o jovem do século 21. Ele já se experimenta como cidadão e como futuro profissional dentro da escola.”

In “Como construir o estudante do século 21

O que a escola não exige aos professores

4 Maio, 2010

“A bem da clareza, aqui está o que esses professores não fazem – nem suas escolas exigem que o façam:

a) Ajudar seus alunos a dominar os métodos de investigação de suas disciplinas especializadas;

b) Ajudar seus alunos a entender o contexto mais amplo em que as disciplinas foram definidas e operam;

c) Ajudar seus alunos a entender que as questões mais interessantes em geral transcendem os limites das disciplinas tradicionais e mesmo de mega-áreas como, por exemplo, filosofia, ciência, ou arte;

d) Ajudar seus alunos a lidar com as competências e habilidades práticas exigidas pelas diversas profissões intelectuais;

e) Ajudar seus alunos a lidar inteligente e honestamente com questões morais, espirituais e estéticas que vão inevitavelmente confrontá-los.

Isto posto, fica claro por que eu disse, no início, que a escola convencional, e a sociedade que a apoia, exige, ao mesmo tempo, demais e muito pouco de seus professores.”

In “O professor é dividido em dois…”, Blog não-oficial da Lumiar, a escola criada no Brasil por Ricardo Semler

Os jovens chegam às empresas preparados para receber ordens – vídeo

31 Janeiro, 2010


O professor deve saber construir a sua aula a partir da curiosidade do aluno

26 Outubro, 2009

“Se alguém fosse ‘criogenizado’ há 150 anos e acordasse numa empresa ou num hospital, numa casa ou no exército, pouco reconheceria. Apenas numa escola sentiria que tudo estava igual.”

Na Lumiar, o professor não é o professor como o conhecemos. Não é guiado pelos conteúdos definidos em currículos. Ele deve saber montar sua aula em cima do presente, usando a curiosidade do aluno como sua principal matéria-prima. Deve saber encontrar meninos como Semler, tão encantados pelo saber que a escola chegou a atrapalhar seus estudos.

In “Ricardo Semler faz escola”, Gilberto Dimenstein

A avaliação 360º da Escola do Lumiar

18 Setembro, 2008

“Os pilares da Lumiar são singelos e igualmente importantes: liberdade, cidadania e aprendizado profundo. Fácil de escrever. O primeiro, liberdade, parte de um pressuposto: de que aprendizado com valor residual só acontece quando há, de um lado, uma criança ou pessoa efectivamente interessada naquilo naquela hora e, de outro, alguém que esteja ensinando a partir de um conhecimento profundo e, especialmente, apaixonado.

O tutor alinhavaria com a criança e seus pais um contrato trimestral, onde alinhariam o parâmetro de conteúdos do MEC, o momento da criança e a expectativa dos pais. No final do trimestre, fariam uma avaliação de 360 graus, onde a criança avaliaria a escola, o educador, os mestres e mesmo os pais enquanto educadores, e os pais fariam o mesmo. E, claro, o tutor também mediria o aprendizado e a contribuição dos pais. Dessa rica discussão nasceria o contrato do trimestre seguinte. E assim por diante, dos dois (contribuição menor, mas importante da criança), até a criança estar pronta para sair pela vida, emancipada em todos os sentidos.

Na Lumiar, as crianças se comprometem com um curso, mas podem revê-lo se acharem que está chato. O mestre, com ajuda do Instituto, tem de conseguir “passar a matéria” sem que as crianças queiram sair para jogar bola. Nas nossas escolas, há jogos, esportes, DVD e videogames disponíveis o dia inteiro. O professor precisa conseguir competir com isso. Os nossos, depois de algum tempo, aprendem a fazê-lo – transformando disciplinas áridas em magia do conhecimento. Seja fazendo maquetes com arquitectos – para aprenderem geometria, cultura, história e física – seja no projecto de meses de estudo do tatu-bola, ou mesmo no “curso” de bicicleta, onde aprendem inglês, como desenhar um círculo perfeito (3.1416 x r², anote) e o que acontece na física quando se bate a bicicleta.”

In “Pequena Escola da Liberdade” do livro “Você Está Louco!” de Ricardo Semler

Textos sobre a Escola do Lumiar