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O alargamento da escolaridade obrigatória vai obrigar por lei os alunos a estarem onde não querem estar

27 Janeiro, 2012

Cerca de 20% dos alunos que optam por não prosseguir estudos no secundário serão agora obrigados a fazê-lo. “Vão ser obrigados por lei a estar onde não querem estar“, frisa. O alargamento da escolaridade obrigatória foi aprovado por unanimidade no Parlamento em 2009. Matias Alves lembra que, na maior parte dos países da União Europeia, a escolaridade obrigatória não é tão longa como será em Portugal.
Faltam oito meses para a primeira vaga de alunos abrangida por esta medida entrar no 10.º ano. Seja no que respeita à oferta educativa ou ao plano curricular, nada foi ainda alterado para os receber.
In Escolaridade obrigatória até aos 18 anos criará “ambientes explosivos”

É um disparate ter os portugueses na escola até aos 18 anos

4 Junho, 2011

Como pai, não aceito que o Estado decida por mim e pelos meus filhos a educação que eles prosseguem. Como cidadão, quero liberdade para trabalhar aos 16 anos, como, aliás, o próprio Código do Trabalho consigna. Deve o Estado garantir a todos que queiram e tenham capacidade para tal, sublinhe-se, a prossecução de estudos, sem entraves. Mas não deve o Estado impor a escola a quem já pode ser responsabilizado por crime, sabe o que faz e quer ir trabalhar. Porque, ao invés de ser compulsiva, a educação deve ser tida como um direito. Chega de Estado que diz proteger-nos de tudo menos dele próprio.

Ao argumento anterior, que é teórico, acrescem outros, de natureza prática. Os nove anos de ensino obrigatório, aprovados em 1986, demoraram 10 anos a transpor para a prática efetiva. Ainda hoje não são cumpridos na íntegra. Manter na escola, à força e à pressa, quem lá não quer estar ou não tem capacidade para prosseguir estudos, acrescentará mais violência e mais indisciplina a um ambiente que já é grave.

In “Impuseram, à bruta, um sistema de classificação inqualificável

A escola é uma seca

21 Fevereiro, 2008

escolaseca.jpgEnsinei durante trinta anos em algumas das piores e melhores escolas de Manhattan, e durante esse período de tempo tornei-me num perito sobre aborrecimento.

Quem, então deve ser Culpado? Todos nós. O meu avô ensinou-me isso. Uma tarde, quando tinha sete anos, queixei-me a ele de aborrecimento e ele bateu-me na cabeça. Ele disse-me para nunca mais utilizar esse termo na sua presença, que se eu estava aborrecido era culpa minha e não de mais ninguém.

Necessitamos mesmo da Escola? Necessitamos realmente de Escolas ou temos de compreender melhor o que deve ser a Educação?

Não me refiro a educação, apenas a escolaridade obrigatória: seis aulas por dia, cinco dias por semana, nove meses por ano, durante doze anos. Esta rotina mortal é mesmo necessária? E se sim, para quê?

George Washington, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln? Alguém os ensinou, claro, mas eles não foram produto de um sistema escolar e nenhum deles se “licenciou” numa escola secundária.“

In “Against School: How Public Education Cripples our Kids, and Why”, John Taylor Gatto